6 de janeiro de 2013

Ao vento


Como num passe de mágica desaparecem
Sem que ao menos as vejam, perdem-se no ar
Seu som, tão fraco nem ecoa
Saem, não chegam a nenhum lugar

Outrora tão fortes e certeiras
Agora quase imperceptíveis
Rompiam muralhas, derrubavam barreiras
Agora aos ouvidos, praticamente invisíveis

Por mais que eu tente não há sucesso
Não há objetivo por mais que insista
Não há resultado alcançado
Nem mesmo que a perseverança exista

Eu ainda as sinto pulsar
Posso senti-las formando-se aqui dentro
Mas mesmo que as deixe falar
Elas, no fim, se perdem ao vento


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